Hábitos vs Metas: Benefícios da visão sistemática ⏳
Nada vai mudar seu futuro como seus hábitos.
Todos temos sonhos e objetivos, sejam eles grandes ou pequenos, são coisas que queremos atingir dentro de um período específico. Pequenos ou grandes, temos sonhos: estar no Forbes under 30, perder peso, escrever um livro, ter sucesso na carreira e por aí vai.
De cara, já conseguimos perceber que quanto mais abrangente é o objetivo (sucesso, saúde, prosperidade, felicidade), menor é a chance de alcarçarmos ele. O primeiro passo para qualquer objetivo é deixá-lo tangível.
O que parece mais realista? Escrever um livro esse ano ou se tornar um autor de sucesso?
E realista não no sentido de que estamos duvidando do que podemos alcançar, mas quando um objetivo é tangível, fica mais simples de quebrar o objetivo em passos menores para alcançar a meta!
Dependendo do seu objetivo, esses passos menores também podem ser chamados de hábitos.
⏳De forma simplificada, um hábito é uma rotina de comportamentos. Algo feito repetidas vezes que se torna “automático” para nós.
No livro Hábitos Atômicos, o autor chama o impacto dos hábitos de pequenas mudanças, resultados impressionantes.
Se todos os dias fizermos algo que julgamos ser bom, ler por exemplo, estamos 1% melhores que no dia anterior. Quando pequenas ações são realizadas todos os dias, estamos criando um grande resultado por conta da consistência!
“Esqueça que a motivação vem primeiro.
O hábito é mais confiável.
Um hábito vai te sustentar se você estiver inspirado ou não.
O hábito é persistência na prática.”— Octavia Butler, autora de ficção científica americana.
Hábitos e metas são diferentes, mas podem andar lado a lado. Se queremos ler mais livros por exemplo, podemos estabelecer uma meta de 50 livros até o final do ano e podemos criar o hábito de sempre carregar um livro por perto.
Esse post é uma curadoria do post original em inglês, que você pode ler aqui, combinado com um pouco da nossa visão e experiência sobre o tema.
Esse é um conteúdo da categoria de Leadership, que é um pouco diferente do lado mais business, mas esses assuntos de carreira, visão de mundo e a perspectiva mais humanas são essenciais.
O problema das metas
Primeiro, as metas tem um ponto final e é por isso que depois de alcançar uma meta, a tendência é voltar ao estado inicial. Muitas pessoas correm maratonas e depois param de se exercitar completamente.
Os hábitos evitam essa falta de continuidade (ou “interrupção” das ações para alcançar as metas) porque eles funcionam indefinidamente.
Segundo, os objetivos dependem de fatores que nem sempre temos controle. É invevitável que nem sempre é possível bater a meta, independente dos nossos esforços. Uma lesão pode nos impedir de alcançar nosso objetivo de perder peso até o verão, coisas inesperadas acontecem e a filosofia das metas não foca no processo e sim no fim.
Quando definimos um objetivo, estamos tentando transformar algo subjetivo em etapas e processos. Os hábitos são essas etapas, portanto, são a parte mais confiável do processo para alcançar os objetivos.
Terceiro, o problema de manter uma meta na cabeça e efetivamente fazer algo para alcançá-la é um processo que precisa de muito pensamento e esforço para avaliar as opções.
Com hábitos, sempre sabemos o que fazer e não corremos o risco de pensar demais e fazer de menos.
Imprevistos acontecem na vida de todos nós e muitas vezes, outras áreas da nossa vida necessitam de uma maior atenção. O que faz com que colocar o objetivo de lado ou deixá-lo para outro dia fique muito simples.
Hábitos servem para transformar essas situações complexas em algo fácil.
Finalmente, com metas corremos risco de ficar acomodados e sem comprometimento.
“O hábito é o encontro do conhecimento (o que fazer), habilidade (como fazer) e vontade (querer fazer).”
— Stephen Covey, professor, autor e empresário americano.
Nenhum grande feito acontece sem pequenos passos
Uma vez formados, os hábitos operam de forma automática. Assim, tornando tarefas difíceis em ações simples no dia a dia.
O propósito de sistematizar um conjunto de hábitos é garantir que vamos alcançar objetivos de forma incremental.
“Esqueça as metas, concentre-se nos sistemas”
— James Clear, autor de “Hábitos Atômicos“.
Essa visão de criar hábitos para conquistar objetivos é uma maneira de criarmos um sistema de ações pequenas que, à primeira vista, parecem não surtir efeito. Mas no longo prazo, essas pequenas ações podem até garantir que nossas metas sejam até ultrapassadas.
Você consegue ler 10 páginas hoje? Parece simples, não? Pois é, se conseguirmos ler essas mesmas 10 páginas durante um mês inteiro, parabéns, você acabou de ler um livro de 300 páginas.
Como Charles Duhigg escreve em “O Poder dos Hábitos”: Hábitos são poderosos, mas delicados. Eles podem surgir de forma inconsciente ou criados intencionalmente. Frequentemente acontecem sem a nossa permissão, mas podem ser ajustados, mexendo nas fases do ciclo de deixa, rotina e recompensa.
Uma vez que desenvolvemos um hábito, nosso cérebro faz com que o comportamento fique mais natural. Depois de cerca de 30 dias, a ação fica mais fácil e pode se tornar um hábito.
As ciência por trás de quanto tempo demora para se formar um hábito não é exata, mas 30 dias pode ser suficiente para alguns e outros mais complexos podem demorar muito mais. A ação se torna um hábito no momento que ela se torna “automática“.
Hábitos são para a vida
Pode parecer que não, mas nossas vidas são estruturadas por hábitos, que muitas vezes passam despercebidos. Faz sentido já que são comportamentos automáticos não é mesmo? De acordo com a pesquisa de Duhigg, os hábitos são responsáveis por 40% do nosso tempo acordado.
Uma vez que os hábitos estão estabelecidos na nossa rotina, eles podem durar a vida toda e são extremamente difíceis de largar.
Construir um hábito pode ter um grande impacto nas nossas vidas. Como um hábito pode ser qualquer coisa, existem infinitas coisas que podemos fazer, mas o Charles Duhigg expôs um conceito que são hábitos fundamentais.
Esses são os comportamentos que podem causar um impacto enorme nas nossas vidas. Alguns exemplos são:
Fazer refeições na mesa com a família
Arrumar a cama pela manhã
Exercícios regulares
Registrar o que comemos
Desenvolver rotinas matinais
Meditação
Planejar nossos dias
Para qualquer um desses, ou qualquer um em geral, o importante é começar aos poucos, é assim que temos mais chance de manter o comportamento. 10 páginas de um livro por dia, 10 minutos de caminhada, reduzir os doces aos poucos e por aí vai.
Por que esse jeito sistemático funciona?
Mudando nosso foco de metas específicas para criar hábitos de longo prazo, conseguimos manter uma mentalidade de melhoria contínua por um tempo indefinido. Mesmo com imprevistos e quebras na rotina, continuamos no caminho certo.
Warren Buffett diz que lê todos os dias para sempre atualizar seu conhecimento e fazer as decisões certas nos investimentos. Stephen King, escreve 1000 palavras por dia 365 dias no ano. Ben Franklin mantinha um diário de registros diários de suas frustrações e sucessos.
Esses hábitos, repetidos centenas de vezes ao longo dos anos, são pequenas ações geram resultados incríveis.
Enquanto as metas precisam de uma motivação, os hábitos se tornam automáticos e a ação leva para a motivação, não o contrário.
Quando procuramos sucesso em nossas vidas, devemos investir nosso tempo para criar bons hábitos, porque nós somos o que fazemos todos os dias. A exelência, portanto, não é um ato, mas sim um hábito.