O Auge da Padronização e como se destacar no Mar da Mesmice!
Entramos na era da padronização e os próximos grandes criadores e marcas serão as pessoas que ousam ser diferentes, como o conteúdo está ficando cada vez mais igual e como podemos mudar.
Já parou para perceber que as cidades grandes estão cada vez mais parecidas? Seja São Paulo, Toronto, Sydney ou Shanghai.
Isso é um efeito de “copiar e colar”, o modelo de cidade grande foi definido e já foi replicado tantas vezes que se nos colocarem em um cenário desses não é fácil adivinhar onde estamos.
Como as cidades, os posts de redes sociais já estão começando a ficar todos iguais.
Os principais criadores no Tiktok usam o mesmo formato, movimentos rápidos de câmera, uma música que está em alta e legendas enormes em bold.
Até quando o conteúdo é novo o formato é o mesmo, o resultado de disso é que saimos dos aplicativos sentindo que tudo parece igual.
Como marcas e criadores podem se superar na próxima década e como esse é um dos melhores tempos para se destacar no mar da mesmice.
Criar é um negócio difícil, invenções são frágeis, enquanto o que já está funcionando é estável, por isso sentimos que cada vez mais vemos mais do mesmo.
O Auge da Mesmice
Fácil de consumir, conveniente e na hora conseguimos aproveitar, mas quando voltamos para casa, sentimos que aquela fritura não foi uma boa ideia.
Conteúdos fast food, cidades fast food, vivemos na era da padronização.
Como a maioria das coisas, “tudo que é novo é velho”, passamos por uma época na qual tudo era feito por comunidades e com a industrialização e padronização a conveniência se tornou a prioridade.
Em prol da conveniência que tudo parece igual, voltamos para uma mudança liderada por comunidades.
As marcas e criadores mais icônicos que vão surgir nos próximos anos não vão seguir a receita do bolo, eles vão ser baseados em comunidades e como resultado as experiências serão mais únicas.
Conceitos como farm to table, uma nova onda de popularidade de brechós e negócios locais, são bons exemplos de como as marcas estão levando o community-based para a moda de novo.
TL;DR - Deixamos de comprar produtos e estamos comprando uma “entrada” para uma comunidade
Construir uma marca com base em uma comunidade é um processo de atrair pessoas que compartilham de uma mesma identidade, desenvolvendo algo que faça as pessoas se sentirem ouvidas:
Uma identidade de marca que desperta entusiasmo
Uma linguagem compartilhada e por consequência um copywriting que é único para o grupo
Conteúdo de redes sociais que o grupo sente vontade de compartilhar, ao mesmo tempo que é estéticamente único
Locais para a comunidade se unir, seja online ou offline
Hábitos e rituais que fazem as pessoas lembrarem o porquê sua marca é importante e participa da sua rotina.
Uma marca que genuinamente apoia alguma causa
A conveniência sempre será um fator importante no consumo, mas as marcas e criadores que realmente criam uma conexão conosco serão as que vão crescer mais rápido, e de forma mais sustentável.
Fast food é popular, mas as tendências estão mudando.
Essa parte foi uma curadoria do post original em inglês, que você pode ler aqui, combinado com um pouco da nossa visão e experiência sobre o tema.
Como criamos experiências únicas
Podemos falar sobre como empresas usam metodologias novas e como elas criam novas iniciativas, mas acredito que ir para uma abordagem mais individual é um caminho que trata da essência do problema.
Tudo começa por causa de uma ideia, tudo começa por causa de um indivíduo e o efeito dominó leva essa ideia para o coletivo e consequentemente para as empresas (já falamos um pouco sobre esse assunto em outro post).
Para ser o mais breve possível, o que nos torna únicos, e provavelmente insubstituíveis, é o nosso arsenal de habilidades (foi o melhor jeito que encontrei de traduzir o significado de “skill stacking”).
As pessoas que seguem a direção do especialista se focam exclusivamente em um assunto. A partir dos mesmos cursos, exemplos e materiais, no final do dia elas podem ser exepcionais naquele assunto, mas não são únicas e podem ser trocadas.
O arsenal de habilidades é uma direção um pouco diferente, ao invés de nos tornarmos especialista, estamos acumulando várias habilidades dinâmicas distintas que nos transformam em um profissional e uma pessoa únicos.
Acumular essas habilidades dinâmicas garantem que independente do cenário podemos abrir oportunidades para essencialmente criar uma solução criativa para qualquer problema do mercado.
O caminho do especialista é uma esfera limitada, enquanto a cada habilidade nova adicionada o arsenal de habilidades fica cada vez mais único.
Esses pilares juntos te transformam em um indivíduo único e insubstituível.
Se retirarmos qualquer esfera desse gráfico, percebemos que o centro em amarelo muda.
Isso também funciona na hora de decidir qual é o seu público alvo, quanto mais específico, melhor vai ser a mensagem.
Aperta o cinto que fui longe
Parece que tudo se repete, a história da humanidade já viu uma dessas mudanças e você talvez já tenha ouvido algo sobre o renascentismo.
O renascentismo surgiu de um movimento para tentar reviver e superar as ideias e conquistas da era clássica dos Gregos e Romanos.
No contexto atual, também não estamos tentando trazer algo de volta?
Embora esse seja um assunto extremamente interessante, vamos focar em algumas das características das maiores mentes da história, que viveram nessa época.
Aprenda os fundamentos com os melhores
Voltando ao arsenal de habilidades e seguindo o conselho de “aprender os fundamentos com os melhores” temos algumas figuras que provavelmente foram as mais influentes da história.
Michelangelo, Rafael, Donatello, Galileu, Copérnico, Maquiavel, Shakespeare, entre outras diversas mentes brilhantes (essa lista não tem fim).
Essa lista ficou com um nome faltando, justamente porque ele merece um espaço a parte, Leonardo di Ser Piero da Vinci.
Entre todas essas mentes brilhantes, da Vinci ainda é uma das mentes mais brilhantes da história, pintor, escultor, arquiteto, engenheiro, mecânico, inventor, anatomista, poeta, músico e a lista de ocupações não acaba.
Não é a toa que o nome dele vem do lado da palavra polímata em muitos dicionários.
Polímata: Pessoa que tem conhecimento em muitas ciências; quem conhece ou estudou muitas ciências: Leonardo da Vinci é mais famoso polímata do nosso tempo. [Por Extensão] Pessoa que possui um vasto conhecimento em muitas áreas.
Mas aqui vem a parte mais interessante da história dele, muitos conhecem suas obras-primas como a Mona Lisa, A Última Ceia ou o Homem Vitruviano, mas ele deixou centenas, se não milhares de trabalhos inacabados.
“Kenneth Clark dizia que os olhos de Leonardo eram dotados de uma “perspicácia sobre-humana”. É uma bela expressão, embora seja enganosa. Leonardo era humano. A precisão de sua capacidade de observação não era um superpoder. Pelo contrário, era produto do seu esforço. Isso é essencial porque significa que podemos, se quisermos, não apenas admirá-lo, mas também tentar aprender algo com ele, esforçando-nos para olhar o mundo com mais curiosidade e intensidade”.
Ele era realmente fascinado pelo que ele fazia, quando ele começou a obra “São Jerônimo no Deserto” a anatomia do pescoço estava incorreta, anos depois, Leonardo realizou estudos anatômicos e voltou para a obra para incluir a anatomia correta e mesmo assim o quadro nunca foi terminado.
Considerado por muitos como gênio por suas obras-primas, mas ele é único porque ele deixava sua curiosidade fluir e mesmo que o projeto não fosse concluído ele continuava interessado pelo assunto e continuava aprendendo.
Outro ponto interessante é que sua única educação formal veio de uma “escola de ábaco”, escola primária que enfatizava os conhecimentos matemáticos úteis para o comércio.
Seu latim era no máximo básico, então precisou contar com a sorte da evolução tecnológica dos livros e das traduções para conseguir aprender como autodidata pelos livros traduzidos para o italiano.
Hoje temos acesso a uma infinidade de informações, então talvez o problema de não aprendermos seja a nossa curiosidade.
Independente do nível de instrução, alguns dos 7 princípios do da Vinci podem nos ajudar nesse caminho de aprender cada vez mais e nunca perder a curiosidade!
7 Princípios de Leonardo da Vinci:
1. Curiosità | Curiosidade
Precisamos de uma curiosidade insaciável pela vida.
“Mentes geniais tem uma característica em comum, sempre fazem perguntas ao longo de suas vida”
2. Dimostrazióne | Demonstração
Comprometimento de testar conhecimento por meio da experiência.
Sabedoria vem da experiência e o princípio da dimostrazione permite que você tire o máximo da sua experiência.
3. Sensazione | Sensação
Refinamento contínuo das sensações, principalmente da visão, como meio de dar clareza para a experiência.
De acordo com Da Vinci a melhor maneira de praticar sensazione é pelos sentidos, principalmente a visão, que pode ser refinada através da observação.
4. Sfumàto | Gradação
Disposição para aceitar a ambiguidade, os paradoxos e a incerteza.
Parte essencial da característica da genialidade do Da Vinci era sua habilidade de lidar com o senso de mistério.
Sfumàto era a técnica utilizada para borrar as linhas, removendo a intensidade dos traços e dando um senso de profundidade para seus desenhos.
5. Arte/Scienza | Arte & Ciência
Desenvolvimento do equilíbrio entre arte, ciência, lógica e imaginação.
Isso é o que chamamos de pensar com o cérebro todo.
Ficou comum pensarmos em cada disciplina separada, arte da ciência, engenharia de arquitetura, desenvolvimento de código de vendas e por aí vai…
6. Corporalità | Mente corpórea
Cultivação de ambidestria, aptidão e postura são importantes para o desenvolvimento das capacidades mentais.
Para manter sua mente no melhor estado, seu corpo também precisa estar em sua melhor forma
7. Connessione | Conexão
Reconhecimento e apreciação da conexão de todas as coisas e fenômenos.
“Pensamento sistemático”, uma das fontes da criatividade de Da Vinci era a capacidade de formar e criar padrões por conexões e combinações de elementos diferentes.
Por meio de analogias ele conseguia conectar qualquer coisa com o corpo humano, suas obras são uma mistura de matemática, perspectiva, anatomia e muitas outras disciplinas.
Por que e quando perdemos essa conexão para separar tudo?
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Muito bom!!
Muito bom! Me lembra muito Naval quando falava que “when you combine things that are not supposed to combine, people get interested”.
E também o artigo How to build a personal monopoly: https://visualizevalue.com/blogs/feed/building-a-personal-monopoly
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