🪦A morte dos anúncios nas redes sociais
Abuso de anúncios nas redes sociais, anunciantes atirando para todos os lados e o declínio da receita, para onde vão as redes sociais no futuro? Alguns insights sobre o estado atual das redes sociais!
MP;RA
(versão brasileira do TL;DR, too long didn’t read, Mó Preguiça, Resume Aí)
As redes sociais estão vendo queda na receita de anunciantes.
O excesso de anúncios piora a nossa experiência nos aplicativos.
Estamos vivendo em uma época que essas redes vão precisar se adaptar por causa de um problema criado por eles mesmos. Criaram plataformas sociais que limitam a entrega de conteúdo para vender mais anúncios e perderam mercado para o TikTok.
Esse conteúdo é uma bela mistura de opiniões com um artigo da No Good (leia o original em inglês).
E como eles focam muito no mercado dos EUA, fiz adaptações e questionamentos que se aplicam mais para nós brasileiros!
Estamos entrando em uma época de mudanças para as redes sociais, pode parecer contraditório uma vez que estamos no auge dos milhares de gurus autoproclamados tentando nos empurrar cursos de redes sociais, anúncios, vendas online, ou o que quer seja.
Por que é uma época de mudanças? Uma vez que Twitter e Instagram passam a mudar para um modelo de assinatura pelo seu verificado na conta, significa que estão efetivamente trabalhando para diversificar a receita.
Se você trabalha com marketing ou tem contato direto com a área, com certeza sabe que nenhuma dessas plataformas entrega o seu conteúdo para 100% da sua base de seguidores, o que “força” os negócios a investirem em anúncios pagos para conseguirem um alcance maior.
Se o Custo de Aquisição por Cliente (CAC) aumentou o diminuiu é muito específico para cada mercado, mas a tendência é que o valor que gastamos para converter um cliente fique cada vez mais alto já que essas plataformas não entregam o conteúdo para a sua audiência.
Esse é um dos motivos do TikTok explodir em popularidade com tanta força, o algoritmo deles funciona de maneira que se a plataforma entende que é um conteúdo postado é relevante para um perfil, o alcance provavelmente será muito maior que o da sua base de seguidores.
Em poucas palavras, o TikTok provavelmente toma o posto de rede social número 1 pelo simples fato de que eles entregam o conteúdo criado ao invés de alcance colocando um bloqueio para nos forçar a recorrer aos anúncios.
Anúncios estão desacelerando
Em 2022 as grandes empresas de redes sociais reportaram uma queda em faturamento de anúncios comparado com anos anteriores.
A economia norte americana mais devagar e as atualizações da Apple para limitar o rastreamento dos anúncios foram alguns dos fatores principais, mas não os únicos.
Esse sempre vai ser um dilema para o mundo de anúncios, de um lado estão os anunciantes que querem o máximo de informações possíveis para alcançar seus públicos-alvo e do outro lado estão os usuários que querem seus dados protegidos.
Do mesmo jeito que a Apple atualizou sua política de proteção de dados, o Google também já anunciou o fim dos cookies de terceiros até 2024.
Os cookies são basicamente uma ferramenta que permite a coleta dos dados, é aquele pop-up chato que aparece em todos os sites, o que nós aceitamos sem ler os termos são basicamente os dados da nossa navegação.
Ascensão das inscrições
Inscrições estão longe de ser algo novo, é a mensalidade que pagamos na Netflix, Disney+, LinkedIn Premium, Spotify e por aí vai.
E agora, por que nós vamos pagar por uma assinatura de redes sociais?
Sou um exemplo de quem paga pela mensalidade do Youtube Premium, que é uma venda casada com o Youtube Music, e o único motivo que me faz pagar todos os meses pelo upgrade é o simples fato de que os anúncios antes dos vídeos são insuportáveis.
A culpa é dos anúncios serem insuportáveis é culpa da plataforma? Sim, porque eles abrem espaço para isso, mas agora pelo menos existe uma opção para quem não quer assistir os anúncios desagradáveis, que não tem nada a ver com o conteúdo que você vai assistir.
Se você pegar seu celular agora e olhar a quantidade de tempo que passa nos aplicativos, pode tomar um susto ao perceber quanto tempo do seu dia você passa no Instagram por exemplo.
E é esse o motivo de uma inscrição fazer tanto sentido para aplicativos sociais, ao oferecer uma versão premium de um produto que passamos tanto tempo diariamente, nós como consumidores consideramos a compra.
Dois bons exemplos de modelo de inscrição são o Tinder e o LinkedIn Premium, conseguimos utilizar o aplicativo de forma gratuita, mas a assinatura nos garante benefícios para melhorar nossas experiências dentro dos aplicativos.
O “verificado” do Instagram e do Twitter no modelo de assinatura mensal tem cheiro de um teste para entender a adoção dos usuários. Será que em breve veremos o Instagram Plus sem anúncios?
Para onde vão as redes sociais no futuro?
O objetivo das redes sociais é gerar conexão entre as pessoas, seja em um nível de amizades, relacionamento ou trabalho. Com as empresas entrando no cenário, essas informações compartilhadas viram informações para os anunciantes chegarem até o público-alvo.
As redes sociais fazem de tudo para te manter o máximo de tempo dentro da plataforma, mais tempo é igual a maior exposição de anúncios, que por sua vez significa mais receita entrando.
O dilema é que os anúncios estão cada vez mais intrusivos, se você abrir seu Instagram e entrar nos Stories, o primeiro anúncio vai aparecer em menos de 5 Stories passados. Agora você provavelmente vai ficar reparando na quantidade de anúncios que aparecem, desculpa…
Com essa quantidade abusiva de anúncios a experiência como usuário não fica legal, antes a gente abria o aplicativo para ver nossos amigos e agora somos bombardeados de anúncios entre fotos de amigos.
Muito se discute sobre os algoritmos incríveis dessas empresas gigantes, mas se elas fossem boas assim o TikTok não ia comer o mercado delas de maneira tão rápida, desenrola, bate, joga de ladin…
Qual foi o segredo do TikTok? Oferecer alcance para os criadores.
As redes sociais vão morrer?
Não, mas elas precisam de adaptar.
É engraçado que em um mundo utópico, se essas ferramentas tem todas as nossas informações as recomendações seriam fantásticas.
A realidade é que mesmo com muitas informações dos usuários, um anunciante ruim vai continuar tentando atingir audiências que não tem interesse nenhum no seu produto.
A Meta não vai deixar de colocar anúncios em seus produtos, mas se eles estão atrapalhando o usuário é natural que o declínio em receita ocorra, uma vez que a experiência está ficando cada vez pior.
O que você achou desse conteúdo?💡
Eu acho que esta redução nas receitas provenientes de anuncios digitais é temporária. A tendência no longo prazo é cada vez mais os publicitários aumentarem suas verbas em mídias digitais e pequenos e médios empresários já começarem por estes canais.
Este ano facebook e google (Principais canais para anunciantes) foram muito afetados pela inflação e também pela mudança da política de de privacidade IOS. São dois fatores que devem ser endereçados no médio prazo.